♥ CITAÇÕES DO DIA ♥

terça-feira, 27 de julho de 2010

O caso Jean Charles



No dia 22 de julho de 2005, um dia após os atentados terroristas contra metrôs e ônibus de Londres, um jovem de 27 anos foi morto por engano com sete tiros na cabeça, dentro da estação Stockwell, no metrô londrino.
Confundido com um homem-bomba árabe, a então renomada Scotland Yard, responsável pela ação, disse que o jovem recusou-se a obedecer às ordens de parar dadas por policiais à paisana.


Descobertas posteriores revelaram que houve impedimento das investigações por parte da instituição, considerada uma das melhores do mundo. Estava instaurada uma sequência de boatos, falsas verdades e conflitos de informações referentes à morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, que morava no país há três anos.


Alex Pereira, primo de Menezes que morava com ele, afirmou que o rapaz foi baleado pelas costas.
Segundo a Agência Brasil, o Ministério das Relações Exteriores publicou uma nota oficial na qual afirma que o governo brasileiro ficou "chocado e perplexo" ao tomar conhecimento da morte do brasileiro, "aparentemente vítima de lamentável erro".


Em nota oficial, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que "o Brasil sempre condenou todas as formas de terrorismo e mostrou-se disposto a contribuir para a erradicação desse flagelo dentro das normas internacionais", e que aguarda explicações das autoridades britânicas sobre as circunstâncias da morte de Jean Charles.

Em 16 de novembro, o jornal Daily Telegraph publicou uma reportagem acusando a polícia britânica de utilizar munição de ponta oca, conhecida como dundum, para matar Jean Charles. O armamento foi proibido pela Convenção da Haia de 1899, por motivos humanitários (o projétil se expande e se estilhaça dentro do corpo do indivíduo atingido, provocando dores lancinantes, o que normalmente não acontece com uma bala comum).


Em 7 de janeiro de 2010, data do 32º aniversário de nascimento de Jean Charles, um memorial dedicado a ele foi inaugurado na estação do metrô de Stockwell. O memorial, criado por dois artistas locais, foi instalado na entrada da estação onde já havia um altar improvisado com flores, velas, fotografias, mensagens e recortes de notícias sobre o caso.
Família de Jean Charles protesta contra honraria dada a ex-chefe de polícia britânico


Ian Blair foi nomeado para Câmara dos Lordes; prima de brasileiro morto em Londres afirma que está 'enojada'.
A família de Jean Charles de Menezes, morto em Londres pela polícia em 2005 depois de ser confundido com um terrorista, criticou a nomeação de Ian Blair, ex-chefe da polícia britânica à época da morte, para a Câmara dos Lordes.


A prima de Jean Charles, Vivian Figueiredo, que morava com Jean Charles na época de sua morte, declarou que a família está "enojada com a decisão".
"Como comissário (da polícia), acreditamos que Ian Blair é responsável pela morte de Jean, pelas mentiras que foram ditas e pelo acobertamento. Ele até mesmo tentou parar a investigação do IPCC (Comissão Independente de Queixas contra a Polícia) sobre a morte de nosso primo."
"Este é o último tapa na cara de nossa família", acrescentou Figueiredo.
O eletricista de 27 anos foi morto a tiros dentro de um vagão do metrô de Londres em 22 de julho de 2005.


Jean Charles levou sete tiros na cabeça após ser confundido pela polícia com um suposto terrorista que havia participado de um ataque frustrado à rede de transportes da capital britânica no dia anterior.
A morte dele desencadeou uma série de inquéritos que investigou as táticas da polícia, a supervisão dos policiais e decisões individuais tomadas no dia de sua morte.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lembro desse caso, tão triste.
Se acontece aqui no Brasil a gente se ferra mas como é fora o povo não tá nem aí para os brasileiros.Justicaaaa;;;


Fátima

Olha a Hora!!!

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